merdas sérias, para variar (bv)
Hoje apetece-me escrever sobre assuntos sérios. Não me perguntem porquê, normalmente guardo os pensamentos sobre os assuntos sérios da vida para quando estou sentado na sanita a fazer força para sair o cagalhão, mas hoje apeteceu-me. Como escrevo o que quiser e sobre o que quiser e não tenho que dar satisfações a ninguém, leiam se quiserem.
Em jeito de introdução:
Morte, minha Senhora Dona Morte,
Tão bom que deve ser o teu abraço!
Lânguido e doce como um doce laço
E, como uma raiz, sereno e forte.
Não há mal que não sare ou conforte
Tua mão que nos guia passo a passo,
Em ti, dentro de ti, no teu regaço
Não há triste destino nem má sorte.
Dona Morte dos dedos de veludo,
Fecha-me os olhos que já viram tudo!
Prende-me as asas que voaram tanto!
Vim da Moirama, sou filho de rei,
Má fada me encantou e aqui fiquei
Á tua espera... quebra-me o encanto!
Não há nada como a perspectiva da Morte para reavaliarmos as nossas prioridades e a forma como temos vivido até aí. Estar deitado numa maca de hospital, junto a outros desgraçados, uns mal-vivos, outros a morrer... e um gajo a pensar se amanhã vai abrir os olhos e ver alguma coisa, ou se será a ultima vez que os vai fechar. Acreditem que muita coisa vos passa pela cabeça, e principalmente aquilo que não fizemos, as pessoas a quem não pedimos desculpa, aquelas que poderiamos ter conhecido melhor e não o fizemos...
E então, é como se dentro da nossa cabeça existisse um interruptor, que de repente é activado. E começamos a ver a vida de outra forma.
Falo de mim. Estive com a Morte aos pés da maca de hospital, a convidar-me a ir com ela. Recusei, obstinado, não queria ir confirmar se era bom ou não, e muito menos me apetecia vêr a merda do túnel de luz, por muito tranquilo e pacifico que Ela dissesse que era. Mandei-a para a puta que a pariu, mas a cabra só ao fim de alguns dias é que finalmente se foi embora.
E o interruptor virou... E a minha vida deu uma volta de 180 graus...
E hoje sou quem sou, e é assim que quero ser.
beaver
Em jeito de introdução:
Morte, minha Senhora Dona Morte,
Tão bom que deve ser o teu abraço!
Lânguido e doce como um doce laço
E, como uma raiz, sereno e forte.
Não há mal que não sare ou conforte
Tua mão que nos guia passo a passo,
Em ti, dentro de ti, no teu regaço
Não há triste destino nem má sorte.
Dona Morte dos dedos de veludo,
Fecha-me os olhos que já viram tudo!
Prende-me as asas que voaram tanto!
Vim da Moirama, sou filho de rei,
Má fada me encantou e aqui fiquei
Á tua espera... quebra-me o encanto!
Não há nada como a perspectiva da Morte para reavaliarmos as nossas prioridades e a forma como temos vivido até aí. Estar deitado numa maca de hospital, junto a outros desgraçados, uns mal-vivos, outros a morrer... e um gajo a pensar se amanhã vai abrir os olhos e ver alguma coisa, ou se será a ultima vez que os vai fechar. Acreditem que muita coisa vos passa pela cabeça, e principalmente aquilo que não fizemos, as pessoas a quem não pedimos desculpa, aquelas que poderiamos ter conhecido melhor e não o fizemos...
E então, é como se dentro da nossa cabeça existisse um interruptor, que de repente é activado. E começamos a ver a vida de outra forma.
Falo de mim. Estive com a Morte aos pés da maca de hospital, a convidar-me a ir com ela. Recusei, obstinado, não queria ir confirmar se era bom ou não, e muito menos me apetecia vêr a merda do túnel de luz, por muito tranquilo e pacifico que Ela dissesse que era. Mandei-a para a puta que a pariu, mas a cabra só ao fim de alguns dias é que finalmente se foi embora.
E o interruptor virou... E a minha vida deu uma volta de 180 graus...
E hoje sou quem sou, e é assim que quero ser.
beaver